Pesquisadores da Universidade Cornell deram um passo ousado ao integrar fungos com robótica. Eles criaram robôs bi híbridos utilizando micélio — estrutura subterrânea dos cogumelos — como sistema sensorial. O micélio responde a estímulos ambientais, permitindo que esses robôs “sintam” e reajam ao ambiente ao redor. O projeto abre caminho para aplicações em áreas como agricultura regenerativa, onde máquinas poderiam monitorar a química do solo e sugerir, em tempo real, o uso ideal de fertilizantes naturais.

Enquanto isso, o avanço da inteligência artificial no estudo de fungos apresenta tanto promessas quanto riscos. Um exemplo preocupante foi o caso do agente de IA “FungiFriend”, que classificou erroneamente o cogumelo tóxico Sarcosphaera coronaria como comestível. O erro poderia ter consequências fatais, e especialistas alertam que algoritmos atuais ainda não substituem a expertise humana na identificação segura de espécies.
Por outro lado, iniciativas promissoras mostram o potencial positivo da IA nesse campo. Pesquisadores estão testando modelos como o QMViT, que combina IA com computação quântica e atingiu 99,24% de precisão na classificação entre cogumelos venenosos e comestíveis. Esses avanços podem futuramente fortalecer a segurança alimentar e o controle de qualidade em ambientes silvestres ou de cultivo.
No campo da sustentabilidade, empresas como o projeto MushItPack estão criando embalagens biodegradáveis a partir de fungos. Utilizando o micélio moldado como substituto para plásticos convencionais, essas embalagens se decompõem naturalmente e oferecem uma alternativa ecológica de baixo impacto ambiental. A iniciativa já recebeu reconhecimento em programas de inovação voltados à economia circular.
No Brasil, porém, a pesquisa com cogumelos enfrenta obstáculos legais. A psilocibina, substância presente em cogumelos como o Psilocybe cubensis, possui status regulatório indefinido. Isso dificulta estudos científicos sobre seus efeitos, aplicações terapêuticas e impactos sociais, mesmo com o crescente interesse acadêmico e clínico.
A intersecção entre IA e cogumelos está se revelando um campo fértil para descobertas em robótica, biotecnologia e meio ambiente. Mas também ressalta a necessidade de rigor científico, supervisão humana e atualização regulatória, especialmente quando os limites entre natureza e tecnologia começam a desaparecer.
Se você achou interessante o uso de micélio em robôs, vale a pena conferir o artigo Psilocybe cubensis 10g: Curiosidades e Fatos Interessantes Sobre o Cogumelo, que explora o papel dessa espécie no contexto científico, incluindo como ela é usada em estudos laboratoriais com medidas padronizadas.Se você achou interessante o uso de micélio em robôs, vale a pena conferir o artigo Psilocybe cubensis 10g: Curiosidades e Fatos Interessantes Sobre o Cogumelo, que explora o papel dessa espécie no contexto científico, incluindo como ela é usada em estudos laboratoriais com medidas padronizadas.